O New Metal foi um dos gêneros mais amados e odiados da cena musical. Quem viveu a transição da virada do século sabe bem o que estou falando. Uma avalanche de bandas, eventos e representatividade.
Alguns dizem que o inicio de tudo foi com a excelentíssima banda “Faith No More”, de Mike Patton. Outros dizem que “Helmet” foi o pai da cena.
O “Anthrax” já havia deixado um pouco o thrash metal de lado e lançado um trabalho mais puxado para o hip-hop. “Im The Man”, de 1987.
O grupo “Beastie Boys” também havia migrado do hardcore “punk” para o hip-hop.
Sepultura
Mas antes do álbum “Roots” do “Sepultura” explodir em 1996, uma banda fez com que o vocalista Max Cavalera ficasse com uma pulga atrás da orelha: o Korn.
Korn
O Korn lançou o seu primeiro disco (Self Tittle) em 1994. A produção foi feita por Ross Robinson, um ex-músico e produtor musical que acabou se tornando uma espécie de “guru do New Metal”.
Esse álbum mostrou que era possível inovar e criar ramificações diferentes dentro do metal.
Acredito que as bandas que antecederam a formação do Korn como a “Sexart”, “Juice” e “L.A.P.D.” mesclavam o metal alternativo com o funk metal, bastante influente na época.
O Korn foi lapidado e a “Roadrunner Records” (comprada e subsidiária pela Warner Music) foi uma espécie de escola para novas bandas como:
“Deftones”, “Coal Chamber”, “Limp Bizkit”, “Chimaira”, “System of a Down”, “P.O.D.”, “Papa Roach”, “Linkin Park”, “Mudvayne”, “36 Crazyfists”, “Orgy”, “Mudvayne”, “Sevendust”,”Godsmack”, “Staind”, “Kittie” e a lista assim segue.
Até o “Fear Factory” de Dino Cazares conseguiu entrar nessa.
O interessante é esclarecer que no New Metal também havia ramificação.
Basta analisar um pouco a pequena lista de bandas que acabei de citar.
Rap, Hard Core, Metal, Industrial …
O triste era acompanhar bandas que já possuíam o seu estilo tentando também o seu lugar ao Sol que iluminava o New Metal.
O “Machine Head” é um bom exemplo disso. Não apenas a sonoridade mudou, mas também todo o conceito visual.
Slipknot
Ross Robinson modelava as bandas.
Foi assim também com o “Slipknot”. Seu álbum demo limitado à produção de apenas 1.00o cópias, “Mate.Feed.Kill.Repeat.”, contem elementos do funk, metal alternativo e solos de guitarra.
Ao assinarem com Ross, adivinhe?
A caracterização do New Metal. Solos de guitarra? Fora!
Claro que o Slipknot foi como “mais álcool na fogueira”.
Seu primeiro álbum foi lançado exatamente no dia 29 de Junho de 1999.
Ozzy Osborne também ajudou o New Metal a conquistar espaço pelo mundo através de seu próprio evento, o “OzzFest”.
O Sepultura de Max Cavalera parece ter feito uma escola “particular”, ainda mais com o lançamento do projeto pós-Sepultura: Soulfly. Uma espécie de “Roots pt.2”.
Dois claros exemplos são:
A banda argentina A.N.I.M.A.L. e e salada latina, Ill Niño.
O Brasil também teve uma cena New Metal muito forte com representantes como o “Chipset Zero”, “Choldra”, “Maguerbes”, “Adrede”, “Ponto Nulo no Céu”, “EDC” e “Tolerância Zero”.
O tempo passou e como tudo em excesso…não é bom!
Ver Tommy Lee, ex-baterista do “Mötley Crüe” aproveitando desse cenário como se fosse um membro da banda “Crazy Town” foi algo bizarro e assustador.
O New Metal teve e tem a sua importância, mas apelaram ao ponto de enjoar e bandas do gênero, como o Deftones, pular para fora da bolha. Ufa!
Aos poucos um novo estilo chegou: o Metal Core, com bandas como “Killswitch Engage”, “Bleeding Through”, “Unearth”, “As I Lay Dying” e “Caliban”.
Alguns até tentaram migrar, como foi o caso do “Ill Niño”. Ato falho!
O estilo ainda respira, bons e grandes exemplos: Korn e Slipknot, é claro.
Porém é possível notar ainda na semente que germina em outros solos, como o “Suicidal Silence” e até mesmo o “Bring Me The Horizon” e “Code Orange”.
